A reflexão acerca do modelo tradicional de se fazer justiça, enfatizando os casos nos quais estejam presentes violações de pessoas e suas relações interconscienciais é o que se propõe o presente trabalho, com base em estudos bibliográficos e na experiência da autora. Primeiro, serão abordadas noções sobre o direito e o Paradireito, tendo o último uma abordagem sistêmica, a partir do paradigma consciencial, que abrange a complexidade das inter-relações e manifestações conscienciais, considerando o fluxo cósmico. Em seguida, será apresentada a justiça restaurativa, diferenciando-a da forma preponderante de lidar com violações decorrentes de atos delituosos, implicada na lógica da punição e culpa, caracterizada como justiça retributiva, que por agravar mais as consequências geradas na violação entre vítima e ofensor, pode gerar interprisões grupocármicas. Já a justiça restaurativa, é uma forma de lidar com danos e necessidades decorrentes de um crime, podendo ser profilática nas interprisões grupocármicas, pois procura reparar danos e atender as necessidades da vítima, mas também do ofensor, além de contribuir para o processo de responsabilização dos envolvidos.