Após trabalhar por 40 anos na profissão de médica e professora universitária, ao aproximar-se da decisão de aposentar-se, a autora sentiu apreensão frente ao vazio que
seria deixado pela falta do trabalho. Percebeu estar a identidade pessoal ligada fortemente à profissão. O objetivo deste artigo é apresentar a pesquisa realizada no sentido de identificar as dificuldades de enfrentar o tempo livre decorrente da aposentadoria e também trabalhar o apego e o desapego aí envolvidos. Na metodologia de desenvolvimento do trabalho utilizaram-se técnicas projetivas, autorreflexão em questões do Conscienciograma (Vieira, 1996) e consulta às referências bibliográficas, específicas e complementares. A autora apresenta os resultados dos experimentos e a conclusão indicando a importância do autodesapego inteligente para o autoenfrentamento, visando às reciclagens intraconscienciais.