Victoria Woodhull (1838-1927), a primeira mulher a concorrer à presidência em 1872, tem sido estudada por numerosos acadêmicos, com alguma atenção sendo dada para suas raízes espirituais. Ela atuou como presidente da Sociedade Americana de Espiritualistas e sua conexão com o espiritualismo não foi simplesmente com o propósito de opor-se às convenções que permitiam que médiuns falassem em público quando isso era desaprovado para mulheres do século XIX, nos Estados Unidos. Em meados de 1870, quando a fala em público era mais aceitável, Woodhull não teve que usar o espiritualismo como suporte. Woodhull escreveu, em uma carta em 1983, para o Pittsburg Leader: "Eu deveria sentir que todas as bênçãos que fizeram de minha vida valer à pena estariam perdidas para mim, se agora sou orientada a testemunhar minha vida, para arrogar a mim mesma, o que tem sido feito para mim pelos espíritos". Como os acadêmicos podem entender melhor o significado das contribuições de Woodhull e, especialmente, o que as motivou, provenientes de raízes místicas não materialistas, em um sistema de crenças que, por definição, é inacessível ao intelecto? Uma base útil para a compreensão de Woodhull é através das ferramentas pragmáticas, científicas e da filosofia da Conscienciologia.
Autor(es): Cristina Zaccarini Edição: Ano 4 - N. 4: Diálogos Interparadigmáticos